Paroles de 'O Diabo Na Terra do Sol (part. Dudu MC)' par Makalister Renton

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[Beli Remour]
Hoje eu decidi
Enquanto me perdia nos lençóis de sua cama
Tudo vai mudar aqui
Ainda falta tanto pra mim nessa vida (hoje eu decidi)
Dentro do meu peito cabe o mundo inteiro
E ele é tão pequeno (tão pequeno)
Cê já me perdeu (você já me perdeu)
Sua vista não me alcança mais (cê nem vai me ver)
Sempre que eu canto
Nasce uma flor espinhal no seu tímpano
Cura as falhas do meu âmago
Pra não me perdеr (não perde)
Será quе não da pra mudar
Os olhos de quem julga tanto
Tecer um véu de luz
E olhar o todo de outro ponto

Ooh, não vou parar
Ooh, não vou desistir
Ooh, não deixe o som parar
Ooh, até nascer flores em ti

[Makalister]
Terror dos trópicos
Capsula que habita a garganta
O diabo na terra do Sol é o cavalo em que ando
Não jogo dados, não banco o palhaço, não brinco no trampo
Poço de mágoas cavado por mãos delicadas
Lacrado as pressas por paus, pedras
Da minha costela nasce a lacuna que separa o céu do inferno
Corto meu corpo delgado, meu sangue se vai pelo ralo
Jamais nessa vida estive tão calmo
Jamais nessa vida estive tão perto te atentar contra a minha própria cabeça
Todos os templos padecem um dia
Parecem raios
São rachaduras, marcas dos tempos, notas do destino
Certo dia despertei de um sono tão sereno quanto o voo de um dragão
Naquele dia me lembrei da vez que vi um espelho refletindo o incêndio que tornei
Uvas verdes e anis dropei no drink seco solitário
Aqueles dias que ninguém está por perto
Aqueles dias que um café recebe o que sobrou de afeto
Um dia cinza, um dia frio de nuvens mortas pairando pela orla
Choro por dentro, por fora sou árido
Um desígnio pífio, um sorriso falso
Ventríloquo emaranhado
Um All Star desbotado no fio do poste mais alto
No crepúsculo eu sou um pássaro perdido tentando achar o seu ninho
Graças à cozinha eu não sucumbo
Mesmo sem ter mais esperança no mundo
Mesmo se as flores não desabrocharem e o orvalho de sangue naufragar minha arca
Mesmo se o Sol não nascer de novo e o inverno mais rígido ditar as noites
Galgo sonhos venenosos
Não posso deixar que o medo tome conta dos meus ossos
Que as minhas virtudes se corrompam e eu me torne o que eu mais tenho nojo
Um ser humano fraco, sem gosto, que aceita migalhas pra ser bem quisto por bobos
Eles eram ídolos do povo, hoje são trapos, colônias de mofo
Animal é o instinto como cigarras na noite mais serena e mortífera

[Beli Remour]
Hey
Ooh, não vou parar (não vou)
Ooh, não vou desistir (não deixe o som parar)
Ooh, não deixe o som parar
Ooh, até nascer flores em ti

[Dudu]
Se os ventos me ditassem como seguir
Refaria o tudo
Mas não param de uivar, não posso distinguir
Se é amor ou luto
Se luto por você ou te carrego nas costas
Se pergunto ou te dou as respostas
A oportunidade vem com vento
E quando sai de casa bate a porta
A composta tem gosto de algo que eu já comi
Essas rimas não parecem o que eu vivi
Os gladiadores permanecem em seus uniformes sem um imperador em si
Ele precisava de um império e aí
Matou todos os leões no caminho e se viu na carcaça de um
Hoje a besta é o herói
No coliseu do meu eu lírico
Sem estrelas nem coronéis
Como Jordan e Sonic, é só anéis
Me invalida como gênio
Sem uma pilha de papéis que me comprovem
Talvez a chuva ácida tire esse mal olhado
Que me espia de dentro pra fora
Fobia de estar sozinho com essas pessoas
Me cura de mim agora
Me fala que lá fora é só uma miragem
Que eu posso fazer melhor
Com um chroma-key em outra paisagem
Um milhão de razões
Um milhão de iens
Pra viver um milhão em um ano
Te prometo um pedaço do Sol
E as estrelas cooperam com o plano

[Bruno RV & Beli Remour e Beli Remour]
Deixa nascer o que tem de melhor
Deixa nascer o que tem
Deixa nascer o que tem de melhor
Deixa nascer o que tem (dentro de você)
Deixa nascer o que tem de melhor (deixa)
Deixa nascer o que tem (nascer)
Deixa nascer o que tem de melhor
Deixa nascer o que tem (dentro de você)

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